O burndown chart é um gráfico usado em equipas ágeis para visualizar o trabalho que falta completar num projeto. Isto porque, este mostra a relação entre o tempo e a quantidade de trabalho em aberto. Este artigo explica como o gráfico funciona, como se cria e como se interpreta. Além disso, também mostra erros comuns e como evitá-los. Por fim, inclui exemplos práticos e boas práticas.
O que é um Burndown Chart?
Um Burndown Chart mostra, numa linha, a quantidade de trabalho ainda por concluir ao longo do tempo. Dessa forma, no eixo horizontal (X), vemos os dias ou sprints. Por outro lado, no eixo vertical (Y), vemos o número de tarefas ou pontos de esforço.
A linha ideal desce de forma constante até chegar ao zero. Isso indica que o trabalho está a ser feito ao ritmo esperado. Por outro lado, se a linha real estiver acima da ideal, há atrasos. Além disso, se estiver abaixo, a equipa está adiantada.
Como funciona na prática
Imagine que estás a gerir um sprint de duas semanas. No início, tens 100 pontos de esforço. Todos os dias, a equipa fecha tarefas e, desse modo, o número total vai diminuindo.
O burndown chart regista essa evolução. Assim, toda a equipa vê rapidamente se está no caminho certo. Dessa forma, não são precisos relatórios longos. Ou seja, um olhar rápido basta.
Benefícios do Burndown Chart
O burndown chart oferece várias vantagens, com por exemplo:
- Clareza imediata: qualquer pessoa percebe o progresso.
- Transparência: todos vêem o mesmo dado, em tempo real.
- Foco na entrega: ajuda a manter o ritmo e evitar desvios.
- Feedback rápido: problemas surgem mais cedo e podem ser resolvidos.
Como criar um Burndown Chart
- Defina o total de trabalho: usa user stories ou pontos de esforço.
- Crie um eixo do tempo: por exemplo, 10 dias úteis.
- Registe o progresso diariamente.
- Compare com a linha ideal: assim, vê-se se há desvios.
Hoje em dia existem várias ferramentas que criam burndown charts automaticamente. Mas também podes usar o template Burndown chart em Excel que te deixamos.
Erros comuns
Alguns erros comuns, são por exemplo:
- Não atualizar todos os dias.
- Incluir tarefas fora do sprint.
- Ignorar impedimentos ou bloqueios.
- Usar apenas para controlo e não para aprendizagem.
O gráfico deve ser uma ferramenta para ajudar, não para castigar. Ou seja, serve para conversar, não para acusar.
Dicas para usar melhor o Burndown chart
- Revê o burndown chart nas reuniões diárias.
- Usa cores para destacar desvios.
- Junta notas rápidas quando houver problemas.
- Compara vários gráficos ao longo do tempo.
Assim, consegue-se ter mais contexto e melhorar o planeamento em sprints futuros.
Conclusão
O burndown chart é simples, mas poderoso. Isto porque, dá visibilidade e ritmo ao trabalho. Ou seja, com ele, a equipa vê onde está e para onde vai. Num ambiente ágil, onde tudo muda rápido, este tipo de clareza faz a diferença.
Se ainda não usa, começa já no próximo sprint. E lembre-se: um bom gráfico vale mais do que muitas palavras!
